Congresso Nacional de Hotéis começa em São Paulo
ABIH vem realizando reuniões com a Organização das Nações Unidas para difundir práticas ambientalmente sustentáveis ampliar oportunidades de negócios aos associados
Teve início no Maksoud Plaza, na capital paulista, a 53ª edição do Congresso Nacional de Hotéis – Conotel 2011, que acontece até a próxima quinta-feira (10). O evento, cujo tema é Hora H: o momento da hotelaria brasileira, contou em sua abertura com a participação de autoridades como Ricardo Moesch, diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico do Ministério do Turismo, Márcio França, secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Flávio Dino, presidente da Embratur, Enrico Fermi Torquato, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Bruno Omori, presidente da ABIH-SP, Gilmar Tadeu, secretário especial de Articulação para a Copa 2014, Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Julio Serson, vice-presidente do Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), Ricardo Domingues, diretor executivo da Resorts Brasil, James Lewis, secretário ex ecutivo do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo, Walter Ihoshi, deputado federal, e Célia Leão, deputada estadual.
“O Conotel 2011 constitui palco ideal para o debate sobre temas relevantes para todo o setor. A rica e intensa programação do evento, que prevê a realização de palestras e painéis sobre temas pertinentes ao atual momento da hotelaria no país, sintetiza os anseios, as lutas e mais do que isso, revela as principais bandeiras abraçadas e defendidas com a força da nossa união”, afirma Fermi. “O momento da hotelaria é marcado, sobretudo, pelo alinhamento de todos os segmentos que compõem o dinâmico setor hoteleiro. Também é marcado pela maturidade setorial, alcançada e consolidada a partir de uma pauta de interesse comum, registrada em documento que ficou conhecido como Carta de Salvador, entregue aos parlamentares que nos representam no Congresso Nacional, endossada por todas as entidades setoriais signatárias”.
A Carta de Salvador é um documento organizado pela ABIH, FBHA, Fohb e Resorts Brasil no qual são apresentados argumentos para rejeição e aprovação de proposições legislativas que estão tramitando no Congresso Nacional e impactam diretamente a atividade hoteleira no país. Sua finalidade é ressaltar matérias consideradas preocupantes, expondo os motivos pelos quais elas não devem ser aprovadas, e atentar para as positivas, incluindo as que visam o aumento de divisas para o setor e para a economia do país como um todo.
De acordo com Fermi, outro destaque colocado em pauta no Conotel é o trinômio da sustentabilidade, que pressupõe conquistas sociais, econômicas e ambientais. “A hotelaria brasileira não faz distinção entre os empreendimentos que clamam por qualificação profissional. Independente da região, do porte ou do perfil de demanda atendida, todos sabemos que a capacitação profissional se impõe como prioridade. Não basta ser dono de hotel, é preciso ser hoteleiro!”, completa, acrescentando que o legado gerado pela qualificação de um cidadão tem valor inestimável, por seu efeito multiplicador.
Sobre os demais tripés da sustentabilidade, ele menciona a recuperação do valor da diária média hoteleira e a questão ambiental, abraçada cada vez por mais meios de hospedagem. “Vimos tabulando entendimentos com a ONU (Organização das Nações Unidas) no sentido de difundirmos práticas ambientalmente sustentáveis e que ampliarão oportunidades de negócios aos nossos associados, tendo em vista a realização do megaevento Rio+20”, afirma.
Hora H?
Dino apresentou três razões estratégicas sobre por que essa é a hora H da hotelaria. A primeira delas é que a hotelaria é essencial para as viagens de negócios. “Uma pesquisa revelou que 85% dos viajantes se hospedam em hotel quando vêm ao Brasil a negócios. Se pensarmos em lazer, o índice é 65%”, conta. O segundo item que deve ser levado em conta é que a hotelaria mudou seu rumo com a globalização, intensificação de parcerias, entrada de empresas no mercado, tecnologia da informação. “Mais de 1 bilhão de pessoas realizará viagens internacionais neste ano no mundo. A previsão para a década é que a quantia chegue a 1,6 bilhão”, diz. E, para finalizar, o setor hoteleiro precisa de uso intensivo de mão-de-obra, não apresentando automação em suas atividades principais.
O presidente da Embratur também enfatizou três razões conjunturais que justificam essa ser a hora H da hotelaria: a nova realidade global, com um cenário que pluraliza polos emissivos; o mercado brasileiro está aquecido, com uma classe média bastante atuante; e a construção de uma nova página na história do país, com grandes eventos que proporcionarão ampla visibilidade mundial.
“Estamos unidos ao governo e focados em crescimento e desenvolvimento”, afirma Omori, acrescentando que “o mercado hoteleiro em São Paulo conta com 2,5 mil empreendimentos, 180 mil unidades habitacionais, 100 mil colaboradores diretos e 140 mil hóspedes por dia”. Segundo França, “até então não tínhamos preparo para receber grandes eventos, mas com a força da política, que tem poder de decisão, conseguimos resolver essa situação”, completa.
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