COMEMORANDO
OS 50 ANOS DO GRUPO TEAT(R)O OFICINA UZYNA UZONA, O DIRETOR ZÉ CELSO HOMENAGEIA
O ‘MANIFESTO ANTROPÓFAGO’ DE OSWALD DE ANDRADE NO SESC BAURU
SESC e Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona trazem para
Bauru o espetáculo “Macumba Antropófaga”. Uma evocação de personagens do
passado e do presente, brasileiros e mundiais, numa narrativa cheia de
devaneios e rituais da consagrada poética do diretor Zé Celso. A peça será encenada nos dias 11 e 12 de
agosto, às 17h, no Ginásio de Eventos da Unidade. Ingressos à venda na Central
de Atendimento.
A referida companhia de teatro representa, hoje, toda a
história do Teatro Oficina, surgido em 1958, na Faculdade de Direito do Largo de
São Francisco e que se consolidou como uma das principais companhias artísticas
do país, celeiro das mais diversas experiências cênicas e referência dentro do
cenário artístico internacional.
Após uma série de espetáculos que celebraram os 50 anos de
existência do grupo, ocorridos no ano de 2008, o grupo iniciou em 2011 as
apresentações do espetáculo “Macumba Antropófaga”, que leva para a
representação cênica o “Manifesto Antropófago”, marco do modernismo brasileiro.
A Cobra Grande de caboclos índios tupis já incorporados apanha
o público que aguarda o início da Macumba e os conduz em farândula macumbada
para o Restaurante, onde uma
banda de jazz dos anos 20 recebe Tarsila e Oswald, para a cena da descoberta da
Antropofagia. Miss 1928, anuncia o nascimento deste ser: o Manifesto
Antropófago.
Inspirada pelo texto de Oswald de Andrade, a dramaturgia
privilegia o questionamento de preceitos morais que norteiam a suposta coesão
de nossa sociedade. Para além da reflexão, na peça de aproximadamente 5h de duração
é possível observar, por trás do ritual proposto pelo diretor, a
dessacralização do teatro, ocupando espaços não convencionais e convidando o
público a participar de uma experiência cênica diversa do comum.
Na "Macumba" a antropofagia é manifesta na
deglutição e reinvenção do próprio ritual teatral somado às batucadas, o
despojamento quase total de acessórios e figurino dos atores e a sempre latente
possibilidade de participação do público no espetáculo.
O mesmo vigor que abre o Manifesto Antropofágico, de Oswald
de Andrade, de 1928, alimenta a encenação em “Macumba Antropófaga” do Teatro
Oficina. Da macumba, abandona-se o preconceito e explora-se o frenesi, marca
dos povos primitivos às festas e carnavais das cenas contemporâneas.
“Oswald era muito
pragmático, vivia sua arte e deixou escrito que toda sua obra era uma pauta
de Ação para o seu agir na vida”, diz Zé Celso. E avisa: “Estamos fazendo
uma Macumba mesmo. Oswald afirmava uma religião do mistério, do ilógico da
vida. Religião laica, que chamava de Órfica. Com a poesia, o
teatro, o livro, criou uma Arte Sagrada Profana, numa rítmica religiosa pra fazer acontecer”.
Direção: José Celso Martinez Corrêa
Poeta: Catherine Hirsch.
Codireção: Camila Mota e Marcelo Drummond
Direção Musical: Felipe Botelho
Direção de projetos: Ana Rúbia Melo
Serviço
Teatro
“Macumba Antropófaga”, dias 11 e 12/08, sábado e domingo, 17h. Ginásio de
Eventos. Recomendação etária: 18 anos. Ingressos à venda na Central de
Atendimento. (500 lugares por espetáculo). R$ 5,00 (Trabalhador no comércio de
bens, serviços e turismo matriculado e dependentes). R$ 10,00 (Usuário
inscrito, estudantes, professores da rede pública e maiores de 60 anos, com
comprovante) e R$ 20,00 (Demais interessados). O SESC fica na Av. Aureliano
Cardia, 6-71. Mais informações pelo telefone (14) 3235.1750 de terça a sexta,
das 13h às 21h30; sábado, domingo e feriado das 9h30 às 18h.
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