quarta-feira, 8 de agosto de 2012

SESC Bauru | "Macumba Antropófaga" de Zé Celso


COMEMORANDO OS 50 ANOS DO GRUPO TEAT(R)O OFICINA UZYNA UZONA, O DIRETOR ZÉ CELSO HOMENAGEIA O ‘MANIFESTO ANTROPÓFAGO’ DE OSWALD DE ANDRADE NO SESC BAURU

SESC e Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona trazem para Bauru o espetáculo “Macumba Antropófaga”. Uma evocação de personagens do passado e do presente, brasileiros e mundiais, numa narrativa cheia de devaneios e rituais da consagrada poética do diretor Zé Celso.  A peça será encenada nos dias 11 e 12 de agosto, às 17h, no Ginásio de Eventos da Unidade. Ingressos à venda na Central de Atendimento.

A referida companhia de teatro representa, hoje, toda a história do Teatro Oficina, surgido em 1958, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e que se consolidou como uma das principais companhias artísticas do país, celeiro das mais diversas experiências cênicas e referência dentro do cenário artístico internacional.

Após uma série de espetáculos que celebraram os 50 anos de existência do grupo, ocorridos no ano de 2008, o grupo iniciou em 2011 as apresentações do espetáculo “Macumba Antropófaga”, que leva para a representação cênica o “Manifesto Antropófago”, marco do modernismo brasileiro.

A Cobra Grande de caboclos índios tupis já incorporados apanha o público que aguarda o início da Macumba e os conduz em farândula macumbada para o Restaurante, onde uma banda de jazz dos anos 20 recebe Tarsila e Oswald, para a cena da descoberta da Antropofagia. Miss 1928, anuncia o nascimento deste ser: o Manifesto Antropófago.



Inspirada pelo texto de Oswald de Andrade, a dramaturgia privilegia o questionamento de preceitos morais que norteiam a suposta coesão de nossa sociedade. Para além da reflexão, na peça de aproximadamente 5h de duração é possível observar, por trás do ritual proposto pelo diretor, a dessacralização do teatro, ocupando espaços não convencionais e convidando o público a participar de uma experiência cênica diversa do comum.

Na "Macumba" a antropofagia é manifesta na deglutição e reinvenção do próprio ritual teatral somado às batucadas, o despojamento quase total de acessórios e figurino dos atores e a sempre latente possibilidade de participação do público no espetáculo.

O mesmo vigor que abre o Manifesto Antropofágico, de Oswald de Andrade, de 1928, alimenta a encenação em “Macumba Antropófaga” do Teatro Oficina. Da macumba, abandona-se o preconceito e explora-se o frenesi, marca dos povos primitivos às festas e carnavais das cenas contemporâneas.

 “Oswald era muito pragmático, vivia sua arte e deixou escrito que toda sua obra era uma pauta de Ação para o seu agir na vida”, diz Zé Celso. E avisa: “Estamos fazendo uma Macumba mesmo. Oswald afirmava uma religião do mistério, do ilógico da vida. Religião laica, que chamava de Órfica. Com a poesia, o teatro, o livro, criou uma Arte Sagrada Profana, numa rítmica religiosa pra fazer acontecer”.

Direção: José Celso Martinez Corrêa

Poeta: Catherine Hirsch.

Codireção: Camila Mota e Marcelo Drummond

Direção Musical: Felipe Botelho

Direção de projetos: Ana Rúbia Melo



Serviço

Teatro “Macumba Antropófaga”, dias 11 e 12/08, sábado e domingo, 17h. Ginásio de Eventos. Recomendação etária: 18 anos. Ingressos à venda na Central de Atendimento. (500 lugares por espetáculo). R$ 5,00 (Trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado e dependentes). R$ 10,00 (Usuário inscrito, estudantes, professores da rede pública e maiores de 60 anos, com comprovante) e R$ 20,00 (Demais interessados). O SESC fica na Av. Aureliano Cardia, 6-71. Mais informações pelo telefone (14) 3235.1750 de terça a sexta, das 13h às 21h30; sábado, domingo e feriado das 9h30 às 18h.

Nenhum comentário:

Postar um comentário