segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PINK INDUSTRY e Daniel Hunt (Ladytron) no Cine Jóia-28/01/12



PINK INDUSTRY (encerramento mundial) e Daniel Hunt, tecladista e integrante do grupo inglês Ladytron no Cine Jóia.


Liverpool não foi só o celeiro de origem dos Beatles, Echo & The Bunnymen e Teardrop Explodes, é de lá que vem o Pink Industry.

Pink Industry nasceu em 1982 da união da performer e musa Jayne Casey (ex-Big In Japan, Pink Military), e Ambrose Reynolds (ex-Frankie Goes to Hollywood), o mestre dos ritmos. Mais tarde o guitarrista Tadzio Jodlowski entra para a banda.

A sonoridade do Pink Industry é instantaneamente reconhecida. Um mix low tech + cold wave britânica, guitarras entorpecentes guiadas por ritmos eletrônicos e efeitos pilotados com maestria por Ambrose, e os vocais adocicados e poéticos de Jayne. Muitos pensam que toda argamassa sonora do Pink Industry é feita por sintetizadores, ledo engano, a engenhosidade de Ambrose ao abusar de pedais de efeitos nas guitarras (sem uso de sintetizadores que não existem nas músicas gravadas em estúdio pela banda), cria atmosferas únicas, lado a lado com os diamantes sonoros dos Cocteau Twins e a política raivosa dos Pixies e Joy Division.

Os fãs do Joy Division, New Order, Echo & The Bunymen e The Cure endeusaram o Pink Industry graças a canções de personalidade como “What I Wouldn´t Give”, “Empty Beach” e “Pain Of Pride”.
Ao contrário de outros grupos dos anos 80, o Pink Industry nunca recriou o som da chuva numa rua vazia, eles fizeram você sentir a chuva na sua pele nua.

No Brasil o Pink Industry adquiriu o status de cult band ainda nos anos 80 graças aos DJs de São Paulo que colocaram “What I Wouldn´t Give”, “Empty Beach”, “Pain Of Pride” e “Enjoy The Pain” em alta rotação nos clubs da época transformando estes em verdadeiros hinos de toda uma geração dos anos 80 num verdadeiro zoológico de pessoas de jetsetters, a clubbers, de rockers a góticos e moderninhos antenados de plantão, e a mídia que estava de olho no efervescente cenário musical internacional que acontecia aqui graças a discos que vinham em malas de poucos que atravessam as alfândegas da ditadura. Os discos do Pink Industry chegavam (e ainda) a custar cerca de U$150 (cento e cinqüenta dólares), cada.

O Pink Industry é um dos casos raros de bandas que tem um grande séquito de fãs no Brasil a exemplo de manias imediáticas, também dos anos 80, como A-ha, Information Society, Men At Work. Por aqui o extinto selo Cri Du Chat Disques, através de sua subdivisão Museum Obscuro, compilou os singles, EP´s, álbuns e faixas inéditas que se transformaram no álbum compilação “New Naked Technology” com duas tiragens esgotadas e mais de 60% consumidas pelo mercado brasileiro, o restante foi para o mercado internacional onde repetiu o sucesso, tornando-se ítem raro de colecionador. Para “New Naked Technology”, Mr. Ambrose entrou no estúdio para remasterizar algumas pérolas inéditas como “Cowboy Track”, “Elevator Operator” e “Time Is A Thief” que fizeram alegria dos fãs.


Em 2010 o selo Wave Records, de São Paulo, relança o álbum “New Naked Technology”, remasterizado, com novo layout de capa, incluindo uma edição limitada dupla contendo um DVD com videoclipes raros e uma das raras aparições em shows do Pink Industry num registro de 40 minutos, resultando numa correria de fãs as lojas e distribuidoras em mais um caso de sucesso na empatia dos brasileiros pela banda.

A rebeldia adocicada do Pink Industry parou oficialmente suas atividades em 1985 quando Jayne e Ambrose foram cuidar de suas vidas. Jayne evita falar do seu affair com Morrissey (vocalista dos Smith´s), tornando-se uma verdadeira icógnita, mas deve ter sido algo marcante, pois o rosto de Morrissey serviu de estampa para um dos álbuns do Pink Industry. No final dos anos 90, Jayne tornou-se hostess do club Ministry Of Sound (MoS), de Londres, e hoje o seu filho é um dos DJ´s residentes da “Meca” clubber. Jayne envolveu-se com a nata da política de Liverpool e tornou-se adida cultural da cidade.
Já Ambrose nunca abandonou seu compromisso com a música, sendo engenheiro de som de novas bandas e abrindo sua própria escola de música em Liverpool. Num ato de mostrar o som do Pink Industry para novas gerações e fãs Ambrose esta relançando aos poucos a discografia do Pink Industry pelo seu selo, o Isegrimm.

Poucas foram as vezes que Jayne e Ambrose se encontraram pessoalmente ao longo destes mais de 25 anos, os contatos vinham a ser por emails e telefonemas.

No início de 2011 veio a notícia de uma volta especial do Pink Industry para realizar um único show no Brasil e saciar a vontade de seus fãs por aqui. Ao longo do primeiro semestre de 2011 foram mantidas iscas para isto se concretizar. Ambrose remasterizou cuidadosamente as masters com as bases do Pink Industry que estavam em fitas de gravador de rolo armazenadas cautelosamente ao longo desses anos. Foram criadas imagens sincronizadas com as bases em áudio que darão ao show do Pink Industry um apelo de maioridade artística.


Em julho veio a confirmação de um show no Brasil com a formação original do Pink Industry, agora acompanhados do filho de Jayne que também toca na banda.


Um jornalista inglês descreveu recentemente o Pink Industry “Eles são capazes de canalizar melancolia e drama numa canção de 3 minutos moldá-los uma vez como um soco no seu rosto, e em seguida, como uma lágrima na neve.”


Sobre o show no Brasil em janeiro:

O que era um sonho emocional para os fãs se tornará realidade no dia 28 de janeiro quando o Pink Industry sobe ao palco do Cine Jóia na capital paulista. O show especialmente montado para o Brasil fará um review de toda história musical da banda, com duração média de 90 minutos, contendo os hits que estouraram nos club charts e embalaram muitas histórias dos anos 80 e até hoje para seus admiradores. Lembrando que é o primeiro show ao vivo do Pink Industry depois de 25 anos de hibernação.

Será oportunidade única para poucos testemunharem a sonoridade musical efervescente de Liverpool que incendiou Londres e o mundo... O farol da Indústria Rosa acendeu e atravessa a neblina britânica, o Atlântico e nos deixará viver toda uma época de romantismo, rebeldia, poesia e rítmos apenas por uma noite... um cubo de gelo para ser degustado nos trópicos...

Serviço:

Evento: Lado Z apresenta Essential Music: Pink Industry Live
DJs: Magal, Mellão e Rodrigo Cyber
Data: 28/01/12
Horário de abertura da casa: 22:30hs
Local: Cine Jóia www.cinejoia.tv
Endereço: Praça Carlos Gomes, 82 – Tel: (11) 3231-3705
Censura: 18 anos
Preços: Primeiro lote R$50,00/Segundo lote R$70,00/Terceiro lote R$90,00
Vendas online: Cine Jóia www.facebook.com/cinejoia e Wave Records
www.waverecordsmusic.com/news_port.htm
Pontos de venda: SOULSHADOW (Rua 24 de Maio, 116 loja 10) e FERRO VELHO SHOP (Rua 24 de Maio, Galeria do Rock – loja 216)
Apoios: Revista MIXMAG, Programa Discologia (OI FM) e Wav

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