Cantata inédita “O Diário de
Anne Frank” será exibida no Auditório do Ibirapuera gratuitamente
Três dias de espetáculos e ainda um seminário sobre Direitos
Humanos completam as comemorações aos 75 anos do nascimento de Vlado
Exibida pela primeira vez
nas Américas, a cantata internacional O Diário de Anne Frank terá
apresentações nos dias 29 e 30 de Junho e 1 de Julho no Auditório do
Ibirapuera, com entrada franca ao público. A cantata será regida pelo maestro
brasileiro Martinho Lutero Galati, que comandará cerca de 180 pessoas no palco,
entre 110 cantores do Coro Luther King, a Orquestra Sinfônica de Campinas, o
soprano Olga Sober (Saraievo), a cellista Yuriko Mikami (Japão), a atriz e
bailarina Clarisse Abujamra dançando coreografia de Décio Otero (Ballet
Stagium) e Naum Alves de Souza. Além de música e dramaturgia, conta ainda com
efeitos visuais produzidos pelo designer Kiko Farkas.
A obra chega ao Brasil a
convite do Instituto Vladimir Herzog para celebrar os 75 anos de nascimento de
Vlado. E para completar a programação, em 28 de junho, quinta-feira, o Itaú
Cultural, na avenida Paulista, receberá o Seminário Direito à Verdade e à
Memória, que reunirá autoridades nacionais e estrangeiras para discutir a
promoção dos Direitos Humanos.
Amérigo Incalcaterra,
representante regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Direitos Humanos para a América do Sul, Tito Milgram, curador do Museu Yad
Vashem, em Jerusalém (Israel), e Marco Antonio Rodrigues, presidente da Comissão
Especial de Mortos e Desaparecidos (Ministério da Justiça) participarão do
debate mediado por Sérgio Adorno, diretor do Núcleo de Estudos da Violência da
USP. Nesse encontro, serão compartilhadas as experiências de países
latino-americanos no resgate da memória e justiça aos autores de violências
cometidas durante os governos militares (Amérigo), a percepção judaica sobre o
holocausto, pela visão de Milgram e os movimentos para maior transparência na
História recente do Brasil (Rodrigues).
Essas atrações completam as
atividades gratuitas promovidas pelo Instituto, que ainda contam com a Mostra
de Cinema “Memória e Transformação”, com exibições da Cinemateca
Brasileira e CineSesc, aulas de cinema com o diretor chileno Patricio
Guzmán e também Exposição de Cartazes sobre a Anistia.
Espetáculo musical
Será a primeira vez em todo
o mundo que a obra, de autoria de Leopoldo Gamberini (1922 – Abril 2012) e de
Otto Frank, pai de Anne, será apresentada em sua versão integral, com orquestra
sinfônica, coral com 110 cantores, bailarina, solista e muitos recursos
audiovisuais para retratar a história da menina que foi vitimada pelo
holocausto da Segunda Guerra Mundial. Toda a peça será regida pelo maestro
brasileiro Martinho Lutero Galati, que recebeu todo o direcionamento para a
execução da cantata diretamente de seu autor.
Natural de Minas Gerais
(Alpercatas), o maestro Martinho ingressou na música muito jovem. Aos 17 anos,
após experiências na regência de concertos no Teatro Municipal de São Paulo e
do Coro da Juventude Musical de São Paulo, fundou a Rede Cultural Luther King,
onde dirigiu mais de 2000 concertos. Após mais estudos em Buenos Aires, na
Argentina, parte para Moçambique, na África, para um trabalho de pesquisa sobre
música tradicional a serviço da UNESCO. Atualmente, Martinho Lutero Galati é
professor do Instituto de Musicologia de Milão, na Itália, regente da Piccola
Orchestra Sinfônica di Milano e ainda trabalha com teatros na Alemanha e Suíça.
É diretor, até hoje, da Rede Cultural Luther King.
“Tive o imenso prazer de
conhecer e aprender com o senhor Gamberini, que me apresentou toda a peça e
seus detalhes para uma execução completa, adicionando expressões variadas à
composição sinfônica, como dança, canto e recursos eletrônicos que deixam o
cenário de guerra ainda mais realista”, conta o maestro Galati.
A história da menina Anne será interpretada pela
violoncelista Yuriko Mikami e do soprano Olga Sober (Saraievo). A mulher madura
em que ela se transforma nessa nova narrativa é a atriz e bailarina Clarisse
Abujamra, que celebrará a vida por meio de sua leve dança, coreografada por
Décio Otero, fundador do Ballet Stagium. As vozes do Coro Luther King e a
Orquestra Sinfônica de Campinas, completam o elenco dirigidos cenicamente por Naum
Alves de Souza.
“Estamos muito contentes em
trazer essa grande obra ao Brasil, principalmente porque será na celebração dos
75 anos de nascimento de Vlado que a peça será executada pela primeira vez
integralmente, em todo o mundo. A história de Anne Frank se tornou um
verdadeiro símbolo de resistência à violência, que transcende ao período do
nazismo e é mais uma face da História que queremos relembrar em defesa dos
direitos humanos em todas as sociedades e em todos os tempos”, completa Ivo
Herzog.
== Seminário Direito à
Verdade e à Memória
Data: 28 de Junho
Horário: às 20h
Local: Itaú Cultural –
Avenida Paulista, 149
Entrada gratuita
== Cantata O Diário de
Anne Frank
Datas: 29 e 30 de Junho e 1º
de Julho
Horários: sexta-feira e
sábado, às 21h
Domingo às 19h
Local: Auditório do
Ibirapuera – Parque do Ibirapuera
Entrada: gratuita mediante
retirada de ingressos
Ficha técnica:
O Diário de Anne Frank
Cantata cênica para
orquestra sinfônica, coro e soprano solista.
Compositor: Leopoldo
Gamberini ( Itália 1922-2012 )
Coro Luther King
Orquestra Sinfônica de
Campinas
Yuriko Mikami (Japão) -
violoncelo
Olga Sober (Saraievo) -
soprano
M° Martinho Lutero Galati –
direção artística
Clarisse Abujamra – dança e
textos
Naum Alves de Souza - cena
Confira as outras
atrações:
Ministério da Cultura
e Instituto Vladimir Herzog promovem Mostra de Cinema “Memória e
Transformação”
A Mostra de Cinema “Memória
e Transformação: o documentário político na América Latina ontem e hoje”
apresentará, gratuitamente, 49 documentários produzidos a partir dos anos 50
até os dias atuais sobre o cenário sócio-político latino-americano.
A exibição dos filmes na
Cinemateca ocorrerá de 19 de Junho a 8 de Julho e no CineSESC, de 29 de junho a
5 de julho. O público também terá a oportunidade de conhecer, na Cinemateca, a Exposição
de Cartazes sobre a Anistia, que conta com 60 expressões artísticas sobre o
tema até dia 08 de Julho.
Alguns dos filmes que
compõem a mostra:
· Vlado, 30 anos depois, Brasil, João Batista de Andrade
· O Edifício dos Chilenos, Chile, de Macarena Aguiró
· A Ilha, Arquivos de uma tragédia, Guatemala, de Uli Seltzer
· Diário de uma Busca, Brasil,de Flávia Castro
· Nostalgia da Luz, Chile, de Patricio Guzman
· Hércules 56,
Brasil, de Silvio Da-Rin
· Utopia e Barbárie, Brasil, de Silvio Tendler
Ainda como parte da Mostra
de Cinema, 60 estudantes universitários de Cinema poderão inscrever-se em um curso
gratuito com o cineasta chileno Patricio Guzmán, de 4
a 7 de Julho, que estará em
São Paulo especialmente para o evento e poderá compartilhar
suas técnicas com esses alunos. Para participar, os interessados devem
inscrever-se no site do Instituto Vladimir Herzog (www.vladimirherzog.org/mostra),
onde também receberão instruções para a seleção. O encerramento será aberto ao
público, quando Guzmán dará uma aula magna na Cinemateca com a
apresentação de seu documentário Nostalgia da Luz (2010), seguido de
debate sobre a obra.
==Exposição de cartazes
sobre a Anistia
De 31 de Maio a 8 de Julho
na Cinemateca Brasileira
== Mostra de Cinema Memória
e Transformação
De 19 de Junho a 8 de Julho
na Cinemateca Brasileira
De 29 de Junho a 5 de Julho
no CineSESC (Rua Augusta, 2075)
== Curso de Cinema com
Patricio Guzmán
Data: 4
a 7 de Julho
Horário: das 16h30 às 20h30
Local: Cinemateca Brasileira
(Largo Senador Raul Cardoso, 207 – São Paulo)
Vagas: limitadas a 60 alunos
– inscrição pelo site www.vladimirherzog.org/mostra
==Aula Magna com Patricio
Guzmán
Data: 8 de Julho
Horário: das 18h às 21h, com
a exibição do filme Nostalgia da Luz, dirigido pelo cineasta, seguido de
debate sobre o tema.
Sobre o Instituto
Vladimir Herzog:
Criado em 25 de Junho de
2009, o Instituto Vladimir Herzog tem a missão de contribuir para a reflexão e
produção de informações que garantam o direito à vida e o direito à justiça.
Sua fundação se inspirou na trajetória de vida do jornalista Vladimir Herzog,
assassinado em 1975 pela ditadura, bem como nos principais valores ligados a
essa trajetória: democracia, liberdade e justiça social.
Tendo como bandeira a frase
de Herzog “Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades
praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres
humanos civilizados”, o Instituto é uma OSCIP, organização sem fins lucrativos,
com neutralidade político-partidária.
Mais informações podem ser encontradas no endereço do www.vladimirherzog.org.br.
Mais informações podem ser encontradas no endereço do www.vladimirherzog.org.br.
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