Apesar de ter influências fortes de trip hop e, principalmente, de nomes como Porstishead, Bjork e Chet Baker, a cantora carioca Claudia Dorei faz um som bastante delicado e sensual. “Respire”, seu álbum de estreia, fala de amor, problemas do coração, conquistas e desilusões. Pela primeira vez em Bauru, a cantora faz show no SESC nesta quarta, às 21h, na Área de Convivência, com entrada gratuita.“Respire” é um trabalho independente, produzido pela própria Cláudia Dorei, mixado por Buguinha Dub e masterizado por Gustavo Lenza. Neste trabalho, é possível encontrar uma artista que está no palco desde 1997 - e que a primeira vez que esteve nele já fez logo um rap com B.Negão - e, ao contrário dos melancólicos do trip hop, fez suas letras inspiradas em uma paixão que deu certo. "Quando comecei a escrever tinha acabado de me apaixonar perdidamente. Eu diria que o CD teve três fases: a de se apaixonar, realizar e casar. Minhas letras foram inspiradas nisso, às vezes tinha uma briguinha, eu ia lá pro meu estúdio compor e saiam canções como “Gentileza”, por exemplo", revela.Mesmo mantendo a personalidade forte nas canções que faz, o trip hop - mistura de música eletrônica com hip hop inglês - e outros ritmos, como jazz e dub, são peça-chave em suas composições, que contam ainda com o beatbox de MC THG, flautas transversais, trombones e saxofones, e o trompete, tocado pela própria cantora. E é tudo isso que traz uma feminilidade tão latente para seu primeiro trabalho. “Eu sou suspeita para falar, mas as faixas "Acontece", “Pérolas” e “Gentileza”, são irresistíveis”, diz ela. Ainda sobre o álbum, a cantora revela que o estilo “Trip Hop Solar” - como muitos caracterizam seu trabalho-, foi definido pela jornalista e radialista Patrícia Palumbo. “Um dia ela escreveu sobre o som que eu faço e chamou-o de Trip Hop Solar. Eu achei muito interessante, porque não fiz o som pensando em nenhuma referência. Fui compondo de acordo com a minha inspiração, mas entendi o que ela disse. Gosto muito de Portishead, de trip hop, mas sou brasileira, não sou inglesa, então minha música é tropical. Sou carioca, nasci na praia. E o trip hop traz alguns elementos que eu adoro, como a lentidão, a batida forte, as camadas sonoras viajantes, a voz suave.Claudia Dorei também carrega influências de Air, Billie Holliday, Otto e Mundo Livre S/A. Estudou trompete, violão e bateria na infância e, na adolescência, passou a cantar. Sem o compromisso de seguir uma linha, ela se diz uma "cantora de muitas coisas". "Minha filha tem cinco anos e já é cantora também", brinca. Cláudia Dorei é apaixonada pelo palco - "se pudesse não parava mais em casa, só faria shows". Os músicos que a acompanham são de vários cantos do Brasil, a cantora considera que isso agrega muito na hora de compor. “Pois é, minha banda é bem paulista, o Gil (sopros) é do Ceará, o Roge (baixo) é de Pernambuco, o Caio (bateria) é de Minas, o Estevan (guitarra) é de São Paulo. E eu sou do Rio. Para compor, sou mais solitária, mas na hora dos arranjos, cada um traz seu mundo e a mistura acontece”, explica. Contato:Sarah(14) 3235 1846
Serviço:SESC apresenta “Cláudia Dorei”, nesta quarta, dia 06, às 21h. Área de Convivência. Grátis. Entrada permitida até às 22h. O SESC fica na Av. Aureliano Cardia, 6-71.
Mais informações pelo telefone (14) 3235-1750 de terça a sexta, das 13h às 21h30; sábado, domingo e feriado das 9h30 às 18h
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