terça-feira, 21 de junho de 2011

show Mario Adnet no Auditório Ibirapuera, dia 26 de junho





O arranjador e violonista Mario Adnet faz novas leituras

jazzísticas de canções do maior compositor brasileiro



Lançamento nacional em 26 de junho, 19h, no Auditório Ibirapuera



Pouco depois do lançamento de Jobim Jazz, em 2007, o violonista, arranjador e produtor Mario Adnet decidiu partir para um segundo volume do mesmo tema: arranjos jazzísticos de canções de Antônio Carlos Jobim, buscando fugir de uma seleção óbvia de repertório, a partir de intensa pesquisa na riquíssima obra do compositor. O resultado é + Jobim Jazz (Biscoito Fino), uma seleção de 13 temas que cobrem 39 anos da carreira do genial Tom, de O Barbinha Branca - gravada em 1955 no primeiro LP do amigo e parceiro Luiz Bonfá -, a Samba da Maria Luiza - de 1994, de Antônio Brasileiro, o último disco gravado por Jobim.



O lançamento nacional de + Jobim Jazz acontecerá em São Paulo em uma única apresentação no domingo, 26 de junho, às 19 horas, no Auditório Ibirapuera.



Símbolo sonoro do jazz, os metais têm papel fundamental nessa visão da obra de Jobim por Adnet. Um grupo de grandes músicos leva o disco para o palco: Marcos Nimrichter (piano e acordeom), Jorge Helder (baixo), Ricardo Silveira (guitarra), Rafael Barata (bateria), Joana Adnet (clarinete), Zé Canuto (sax alto), Marcelo Martins (sax tenor), Henrique Band (sax barítono), Jessé Sadoc (trompete), Everson Moraes (trombone), Philip Doyle (trompa) e Mario Adnet (violão, arranjos e direção musical).



Como no primeiro Jobim Jazz há uma amostragem dos diversos gêneros musicais visitados pelo compositor e uma mescla de alguns de seus clássicos com um número maior de canções menos conhecidas, sempre escolhidas em função das possibilidades de arranjo. “A obra de Tom Jobim é irretocável”, diz Adnet, “suas escolhas de notas, harmonias e melodias sempre foram perfeitas. Então a minha escolha se baseou nas cores e nas formas, mantendo a essência de sua criação.”



O show terá todas as músicas do cd: Takatanga (do álbum Tide, 1970), Mojave (do álbum Wave, 1967), Boto (assinada por Tom Jobim e Jararaca, gravada em Urubu, 1975), Bonita (da dupla Tom e Vinicius de Moraes, no disco The Wonderful World of Antonio Carlos Jobim, 1964), Antigua (de Wave), O Homem (do disco Brasília Sinfonia da Alvorada, 1960), Ai Quem me Dera (parceria de Jobim com Marino Pinto, gravada para o disco Edu & Tom, 1981), O Barbinha Branca (do LP Luiz Bonfá, 1955), Samba da Maria Luiza (do álbum Antonio Brasileiro, 1994), Wave (do disco homônimo), Marina Del Rey (do álbum Terra Brasilis, 1980), Deus e o Diabo na Terra do Sol (do álbum Stone Flower, 1970), Samba do Avião (de The Wonderful World of Antonio Carlos Jobim).



Mario Adnet incluirá ainda no espetáculo algumas canções do volume 1 de Jobim Jazz: “com certeza entrarão Polo Pony (da trilha do único filme musicado por Jobim no exterior, The Adventurers, de 1970), Rancho nas nuvens (composta para o disco Matita Perê, de 73) e o pouco conhecido samba Domingo Sincopado (parceria com Luiz Bonfá, de 56)”.



É Mário Adnet quem aponta a principal distinção entre os dois trabalhos: “Nesse novo Jobim Jazz decidi por arranjos mais abertos, pra fora, mantendo elegância, mas sem timidez. Depois de ter feito o Afrosambajazz e as coisas do Moacir Santos, que são cheias de África, com muito ritmo, não só na percussão, mas também nas melodias, linhas de baixo, etc, achei que seria interessante usar esses elementos, além do colorido dos sopros, para fazê-lo diferente do primeiro disco. Então músicas que eram mais delicadas, com tonalidades de aquarela, ganharam mais peso, cores mais fortes.”



Algumas curiosidades merecem destaque: a sequência harmônica e melódica de O Barbinha Branca, de 1955, é citada explicitamente por João Gilberto em uma de suas raras composições, Um Abraço no Bonfá, lançada no LP O Amor, o sorriso e a flor, de 1960, integralmente arranjado por Tom Jobim. Essa canção lembra ainda o estilo do grande violonista Garoto (Aníbal Augusto Sardinha), falecido no mesmo 55, com quem Bonfá tocava há anos na Rádio Nacional. No arranjo de O Boto, de Tom e Jararaca (na verdade, Tom Jobim fez uma citação da canção Do Pilar, de Jararaca, e ao solicitar permissão ao compositor, foi surpreendido pela exigência de parceria...) ganhou tonalidades jazzisticas não só pelo naipe de sopros, mas pelos improvisos de sax tenor e acordeom, num clima de forró-jazz. E ainda mencionar que a música mais recente de + Jobim Jazz, Samba para Maria Luiza, foi lançada em 1994 no último disco de Tom, Antonio Brasileiro, para o qual Mario Adnet escreveu o arranjo de Maracangalha, de Dorival Caymmi.



+ Jobim Jazz é dedicado a Tom Jobim, Moacir Santos e, nas palavras de Mario Adnet, “também a todos os músicos – incluindo os que tocaram aqui – que tornaram a música brasileira essa coisa tão especial. Alguns deles fazem parte da alma deste trabalho: Radamés Gnattali, Luiz Bonfá, João Donato, Luiz Eça, Baden Powell, Eumir Deodato e Dori Caymmi.”



O disco tem arranjos e direção musical de Mario Adnet; produção musical de Mario, Joana e Antonia Adnet. O projeto teve coordenação geral de Mariza Adnet.



Mais informações em www.marioadnet.com - www.adnetmusica.com - www.myspace/mario adnet



+ JOBIM JAZZ, por Mario Adnet



Sempre tive vontade de fazer esse segundo volume, não só porque o assunto é bom, mas também pensando em aumentar o repertório dos shows que temos realizado desde o lançamento do primeiro, em 2007.



Comecei então uma nova pesquisa no Cancioneiro Jobim e no completíssimo website do Instituto Antonio Carlos Jobim, até encontrar as músicas que se encaixariam no perfil em que venho trabalhando há mais de dez anos, desde que me debrucei sobre a obra de Moacir Santos.



Moacir nos contava várias histórias de sua vida musical, muitas vezes sem precisão de datas ou nomes, devido à saúde delicada. Uma delas em especial me deixou curioso. Foi nos anos 50, quando ele já era maestro da Rádio Nacional e fazia extras transcrevendo arranjos de discos de jazz que eram trazidos dos Estados Unidos. Num desses trabalhos, Moacir se deparou com gravações do compositor e saxofonista Gerry Mulligan e ficou encantado com seu som de sax barítono, diferente de tudo que havia conhecido. Dizia que a partir daí achou o som que estava procurando. Me lembro de perguntar a ele, diversas vezes, que discos e arranjos eram esses, pois só encontrava discos de Gerry Mulligan com formações pequenas, de quartetos ou quintetos, e esses, pra mim, não poderiam ser os tais arranjos de que ele falava.



Soube da morte de Moacir no estúdio, no primeiro dia de gravações do Jobim Jazz. Esse assunto ficou de lado e o mistério também, até o dia em que terminamos a mixagem e liguei para o Paulo Jobim para marcarmos uma audição. Para minha surpresa, ele se levantou na terceira ou quarta música e disse: “Esse seu disco parece com o primeiro que aprendi a botar na vitrola, quando eu tinha uns quatro anos de idade, e que ‘furou’ de tanto tocar.” Pensei comigo, fazendo as contas, isso dava 1954. Paulo abriu uma gaveta cheia de CDs e pinçou o disco que, para minha surpresa, era do Gerry Mulligan: Tentet & Quartet, de 1953.



Era o elo perdido das conversas com Moacir e a descoberta de como aquele mesmo som tinha encantado Tom Jobim. Não é à toa que existe uma reportagem de TV americana, sobre o estouro da bossa nova nos Estados Unidos, em que Jobim aparece ensinando a Gerry Mulligan o Samba de uma nota só. E que, provavelmente, Moacir, inspirado pelo Tentet (conjunto formado por baixo, bateria e oito sopros, entre palhetas e metais, incluindo uma trompa), usou uma formação semelhante para gravar o antológico Coisas. Eu e Zé Nogueira nos baseamos na formação do Coisas para gravar o Ouro Negro. Há pouco tempo encontrei o Tentet & Quartet na estante de João Donato, que confirmou que “toda a rapaziada da época ouvia esse disco até furar”.



+ JOBIM JAZZ – show de lançamento do cd de MARIO ADNET - Serviço:



Local: Auditório Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 2 do Parque do Ibirapuera)



Dia 26 de junho, domingo, às 19 horas



Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)



Classificação indicativa: Livre



Duração: 90 minutos (aproximadamente)



Capacidade: 800 lugares



Informações: 3629-1075 ou info@auditorioibirapuera.com.br



Ar-condicionado. Acesso a deficientes. Proibido fumar no local.



Estacionamentos / Transporte:

Estacionamento do Parque Ibirapuera, sistema Zona Azul – R$3,00 por duas horas. Dias úteis das 10h00 às 20h00, sábados, domingos e feriados das 8h00 às 18h00.

Ônibus: Estação da Luz - Linha 5154 - Terminal Sto Amaro / Metrô Brás - Linha 5630 - Jd. Eliana / Metrô Ana Rosa - Linha 675N - Terminal Sto. Amaro - Linha 677A - Vila Gilda - Linha 775C - Jd. Maria Sampaio / Metrô Vila Mariana - Linha 775 A – Jd. Adalgiza.



Sugerimos que utilizem taxi.



Horários da bilheteria do Auditório Ibirapuera:

NÃO ABRE SEGUNDA-FEIRA

Terça a Quinta: das 11h às 18h - Sexta: das 11h às 22h - Sábado: 9h às 22h - Domingo: das 9h às 20h



Ingresso em casa e pontos de venda:

Sistema Tickets For Fun, pelo site www.ticketsforfun.com.br ou 11 4003-5588.

Formas de Pagamento: Visa, Amex e Mastercard, todos os cartões de débito e dinheiro. Não aceita-se cheques.



Reservas sem taxa de conveniência pelo site: www.auditorioibirapuera.com.br

Formas de pagamento: apenas boleto bancário



Meia Entrada:

- Estudantes: apresentar na entrada Carteira de Identidade Estudantil.

- Professores da Rede Estadual, Aposentados e Idosos acima de 60 anos: apresentar RG e comprovante.

- Menores de 12 anos, acompanhados pelos pais, têm direito a 50% de desconto do valor da inteira, quando Censura Livre.

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